Exatamente 40 dias depois da perda do seu caçula, a comerciante passa por crises de ansiedade e percebe muita gente descrente da gravidade da doença. "As pessoas em geral parecem que não estão acreditando. Você só vai acreditar quando passar por isso realmente. Acreditem, a doença existe e quando ela chega pode não ter volta', falou Elione ao G1.
"Procurem se cuidar e acreditar para que não sejam vítimas. Só eu sei o tamanho da minha dor como mãe".
Ela lembra que o coronavírus evoluiu de maneira muito rápida no filho. Num sábado à tarde ele conversou com ela e à noite foi entubado. Na terça-feira seguinte, o gastrólogo não resistiu. Foram apenas 12 dias após os primeiros sintomas da doença surgirem. "A nossa família está vivendo os piores dias que se pode imaginar. Acreditem na (gravidade da) doença".
Proprietária de uma loja de bolos no qual o filho também trabalhava, Elione conta que precisou reabrir o comércio para se sustentar. No entanto, só permitido entrar no local de máscaras e após passar o álcool em gel que há na loja.
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Abrir a loja de bolos, inclusive, acontece apenas por necessidade, segundo ela. "Como eu já passei, eu estou com muito medo mesmo. Só estou indo abrir meu comércio porque eu preciso. Se não eu estaria quietinha no meu canto".
Jovem sonhava em ter uma doceria
Matheus Aciole era formado em Gastronomia e cursava o terceiro período do curso de Nutrição, com o qual se mostrava empolgado, segundo a família. Ele trabalhava com os pais na loja de bolos da família, e sonhava em ter uma doceria no futuro. "Ele sempre gostou dessa área e queria se especializar em doces finos, ter uma doceria", contou o irmão Maxwell Aciole ao G1 um dia após o falecimento de Matheus.
G1 RN
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